No último fim de semana, dia
13/04/13, o Jornal Correio Lageano publicou como matéria de capa, reportagem
especial sobre a difícil tarefa de estudar no campo.
A repórter Suzani Rovaris e
sua equipe acordaram cedinho e vivenciaram a rotina árdua de quem trabalha e de
quem estuda no campo.
Visitaram a localidade de
Rancho de Tábuas, uma das mais distantes atendidas pela Escola Itinerante, foram
recepcionados com um delicioso café coletivo, e assim puderam conhecer as
histórias de vida de professores e estudantes.
As aulas em Rancho de Tábuas
e em outras localidades (exceto na Fazenda do Baú, Coxilha Rica, que possui uma
unidade escolar) acontecem nos salões de Igrejas, dentro do mesmo espaço
ocorrem as aulas do ensino fundamental e médio. “Cada turma fica em um canto do
salão com seu respectivo professor, mas essa disposição não é sinônimo de
bagunça. Pelo contrário, o ambiente é totalmente organizado”, observa Suzani na
reportagem.
Essa organização se deve ao
fato da atenção total dos alunos ao professor, cada turma foca nos ensinamentos
de seu professor. Demonstrando assim, respeito mútuo, ética e partilha.
A dedicação dos professores
e estudantes é reconhecida pelas notas do ENEM, tendo ficado na 3ª colocação no
ano de 2012, superando escolas particulares e estaduais.
O resultado também é
percebido quando os alunos terminam o ensino médio, a grande maioria continua
seus estudos, inclusive nas áreas relacionadas a educação, voltando a fazer
parte da equipe da Escola Itinerante na condição de professores.
Além das aulas regulares, os
estudantes da escola Itinerante participam de atividades extracurriculares,
inclusive com viagens a outras cidades, proporcionando o complemento de estudos.
Como tudo começou...
A reportagem realizou um
breve histórico da escola, ressaltando o motivo do surgimento da escola no
campo, primeiramente na localidade de Santa Terezinha do Salto, no início os
alunos eram pessoas adultas, pais e mães de família, hoje em dia as turmas
estão ajustadas às idades dos alunos, porém, é normal a presença de adultos
estudando entre os jovens e adolescentes.
E assim mais um dia de
trabalho se encerra no interior, cada um volta para suas casas, seus
familiares, seus afazeres, e no dia seguinte todos madrugam outra vez. Esta é a
realidade dura mas prazerosa da vida de quem estuda e trabalha no campo.